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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cap V

Estávamos no saguão à espera de Josy, era um lugar tão belo. Os minutos passavam e ela não aparecia, quando decidimos ir embora ela chegou.

Estava com uma pilha de livros nos braços, e impecavelmente arrumada, com um belo vestido longo vermelho, com um sobretudo branco e os cabelos soltos.

- Desculpem a demora, estava pegando esses livros, – levantou a pilha enquanto falava – vamos até o restaurante assim podemos conversar e jantar, estou faminta.

Caminhamos em silêncio até o restaurante. Era um lugar lindo, as mesas eram redondas, as cadeiras eram de madeira escura, com um estofado branco. Era iluminado por um lustre imenso no centro, em cima das mesas tinha uma candelária.

Pedimos pratos iguais, uma Salada Cinza para entrada, Pato grelhado, e para sobremesa Bananas flambadas com sorvete de morango.

Tomamos um delicioso vinho branco chileno.

- Vamos começas – disse josy – esses livros que peguei, são explicativos, cada uma recebera um para ler e depois podemos ver o que esta acontecendo.

- Mas, sobre o que são esses livros, quero dizer para que servem?

- O seu Miry é sobre o poder água, não sei bem explicar para que servem, é como se cada um deles falassem de um poder, tem muitos desses livros na biblioteca mas estes me chamaram atenção por serem todas da mesma escritora.

Após jantarmos fomos cada uma para seu quarto, levando junto de si seu livro de poderes.

Joguei-me na cama e logo adormeci.

Pela manha peguei o livro para ler, ele foi escrito por uma cigana, cujo nome é Dara, bem diferente por sinal.

Nele dizia que poder controlar a água é um dom que é adquirido por herança genética, é uma fonte de poder. Obviamente achei estranho. Continuei a ler, “quem o possuir é descendente da mãe dos mares, rios, e oceanos”.

Terminei de ler o livro muito rapidamente, minha mente girava confusa, eram muitas perguntas sem respostas ainda.

Quando me dei por conta já estava na hora do crepúsculo. Duas batidas suaram de leve na porta, assim que foi aberta pude ver o rosto perfeito de Briam.

- Posso entrar? – perguntou.

- Entre – falei.

- Por que não saiu do quarto hoje?

- Queria ler um livro, e também estou um pouco cansada – uma duvida enorme surgiu em meus pensamentos, se eu contasse o que estava acontecendo, ele provavelmente iria achar que estou ficando maluca. - e indisposta.

- Não esta se sentindo bem amor? – ele sentou-se ao meu lado na cama.

- Estou bem, - se congelar água é bom eu não sei. – não se preocupe.

- Quer jantar comigo essa noite?

- Claro, vamos.

Descemos para o restaurante para comer algo. Ficar com ele me acalmava, era como estar com minha outra parte, algo que ficava faltando quando ele estava longe.

***

Já no quarto, peguei o livro novamente. Tinha algumas coisas das quais não tinha entendido e precisava reler para entender. “Com esse poder pode – se fazer muitas coisas, como salvar a natureza, controlar enchentes e devastações.”

Nossa, será que é verdade?- iria descobrir de algum jeito.

Queria testar para ver se funcionava, então peguei uma jarra com água que estava ao lado da cama, - congele – se – falei, mas nada aconteceu, peguei a jarra nas mãos, - congele – se... Por favor – mas nada aconteceu, já estava ficando com os nervos alterados. Inúmeras tentativas e todas frustradas. Coloquei a jarra de volta no lugar, nada tinha dado certo, olhei furiosa para a jarra. - congele-se sua porcaria... - tive um sobressalto assim que percebi que ela estava totalmente congelada, chegou a ficar branca. Então compreendi o que estava fazendo de errado, preciso olhar, me concentrar e falar. Precisava falar com josy, eram muitas coisas para um dia só.

Coloquei um tênis e desci para procurar por ela. Como não a encontrei fiquei do lado de fora a sua espera.

Ela chegou de táxi, com as imensas sacolas de compras nas mãos, ela andava em minha direção.

- Oi, o que esta fazendo aqui fora? – deu-me um beijo na face.

- Estou esperando você, – disse rapidamente – terminei de ler aquele livro que você trouxe, descobri muitas coisas e preciso contar para você.

- Vamos subir, e lá você me conta.

Fomos para o quarto, e assim que entramos comecei a contar tudo o que havia descobri do.

- Você congelou isso? – ela perecia atônita. – Como fez isso?

- Me concentrei e ela congelou, foi muito estranho mais gostei de saber que posso fazer isso.

- Vamos falar com as meninas para contar a novidade. – Disse peando o telefone e ligando para Ambry e Gaby.

Elas parecerão muito contentes com a noticia, Gaby falou que adoraria derreter o gelo, ela era a mais feliz de todas, sempre estava a mil, não tinha nenhuma trava na boca, falava o que bem queria, falava palavrões com uma naturalidade impressionante. Josy por sua vez era mais recatada, mais contida, Ambry era a mais palhaça de todas.

Cada uma com suas diferenças, e agora poderes.

- Vamos testar os poderes, Ambry veja onde deixei minha blusa vermelha – pediu josy.

- Esta na gaveta do meio embaixo de outras três calças jeans. – informou ela.

- Muito bem, agora você Miry, congele essa copo com água.

- Pode deixar, - olhei fixamente para o copo e o congelei – aqui esta.

- Muito bom agora, Gaby derreta esse gelo.

- Manda, - pediu ela, e em um segundo saia fumaça do copo – pronto, bem quentinho.

- Isso é fantástico, agora é minha vez, miry pense em algo, mas não fale o que é, e se eu acertar vá mudando o que esta pensando.

Comecei a lembrar do dia em que Briam me pediu em namoro...

- Que coisa mais meiga, ele se ajoelhou e pediu você em namoro. – falou ela

Mudei os pensamentos, assim como ela havia me pedido, lembrei do dia em que conheci todo o pessoal da escola...

- E se não fosse por mim você estaria até agora andando por ai sozinha. – ela deu uma gargalhada. – Muito bem, o que vamos fazer?

- Não podemos contar para ninguém, eles vão achar que estamos ficando loucas. – não sei elas mais tenho certeza que Briam ia achar que sou pirada.

- Você tem razão, iriam achar mesmo – concordou josy.

- Esse será nosso segredo. – disse ambry.

E então fizemos um pacto que jamais poderia ser quebrado, um pacto de amizade, que envolvia algo muito estranho por trás.

***

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