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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Capítulo II

Era uma tarde quente, mas agradável, o sol brilhava e eu estava me arrumando para tomar um sorvete com Briam, o cara mais gato da escola. Vesti inúmeras roupas, mas todas pareciam horríveis e extravagantes demais para um sorvete. Resolvi ir com um short azul jeans, meu all star preto e minha blusa branca, que deixava minhas costas a mostra.
Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, passei um gloss nos lábios, estava quase pronta, só faltavam os brincos, corri para pegar, quando escutei uma buzina. Caminhei até a janela e lá vi Briam em seu belo carro prata, cujo modelo eu desconhecia. Acenei para ele e corri atrás dos brincos.

- Olá – disse Briam com um sorriso no rosto – você está linda.
- Olá, obrigada. – que sorte não mostrar o vermelhão do meu rosto – que belo carro – mudei de assunto. Ele me olhava no fundo dos olhos, não conseguia pensar enquanto minha respiração era alta, quase ofegante e me deixava irritada.
- Ah... obrigado – disse ele abrindo a porta para que eu entrasse – é um prado, com teto solar, minha belezinha – disse já fechando a porta.
Enquanto ele caminhava ao redor do carro fiquei admirando-o, ele era tão lindo, seu corpo, seu rosto, era um conjunto, uma obra de arte, não parecia real. Ele finalmente entrou no carro.
- Foi ótimo você ter aceitado meu convite, vamos poder nos conhecer melhor – ele sorriu e piscou para mim – vamos – disse por fim, já girando a chave.
Quando chegamos à sorveteria, ele estacionou cuidadosamente seu carro, desceu e abriu a porta para mim.
- Chegamos – ele pegou minha mão. Senti meu sangue fazer minhas veias do pulso pularem freneticamente.
Entramos e andamos na direção de uma das mesas. Ele puxou a cadeira para mim, sentando-se ao meu lado.
- E então, me conte sobre você – seus olhos estavam nos meus, desviei para poder falar.
- O que... exatamente quer saber? – perguntei.
- O que você quiser contar – ele disse.
- Bom eu me mudei faz pouco tempo, sou nova na escola, você me acertou uma bolinha de papel, ficou com remorso e me chamou para um sorvete para se desculpar – me senti tola ao falar desse jeito, ele começou a rir sem parar.
- O que foi? – perguntei nervosa.
- Nada – disse rindo novamente – quer dizer que você acha que a convidei só por que acertei uma bolinha... – ele começou a rir – isso não faz sentido, percebe-se que é nova na escola.
- O que? Por quê? – não estava entendendo.
- Eu reparei em você quando entrou pela porta da sala pela primeira vez – ele parou e fitou meus olhos – você não percebeu?
- Não – como não percebi aquele garoto lindo e perfeito?
- Então tive a idéia de lhe acertar... – ele sorriu.
- Quer dizer que... – tentei me lembrar do dia, mas os olhos dele não permitiram – você fez de propósito?
- Aham – ele pegou minha mão trêmula. Vi que ele percebeu, mas aparentou ignorar enquanto levantava e beijava minha mão, senti seus lábios quentes e macios.
- Como está o sorvete? – perguntou ainda segurando meus dedos.
- Está ótimo – respondi – já terminei – respondi olhando para o pote, ele olhou também e sorriu.
Conversamos sobre música, sobre a escola, sobre o carro que ele ganhara de aniversário e que era seu “chodó”. As horas passaram e nem percebemos. A garçonete se aproximou e falou gentilmente.
- Desculpe incomodar, mas está na hora de fechar.
Ele levantou, pagou a garçonete e puxou minha cadeira.
- Obrigado – disse ele para a garçonete.
Pegou na minha mão e fomos até o estacionamento. Ele abriu a porta para que eu entrasse e a fechou delicadamente. Contornou o carro entrando e girou a chave.
Dessa vez ele ligou o rádio e aumentou o volume. Chegamos em casa tão rápido que nem percebi.
- Foi uma tarde adorável – disse ele abrindo a porta. Sai parando à sua frente – Posso acompanhá-la até a porta? – seu sorriso era irresistível.
- Claro – respondi tão rápido que me surpreendi.
- Chegamos, obrigada pelo sorvete, foi uma tarde agradável, como você disse – me virei para a porta e ele pôs a mão em meu ombro, sua mão era delicada e estava gelada.
- E meu beijo de despedida? – seu sorriso era torto e seus olhos pareciam os de uma criança pedindo um doce.
- Ah, claro – me virei para ele. Fiquei na ponta dos pés e beijei seu rosto. Ele riu.
- Assim não vale – ele passou as mãos em minha cintura, seus olhos fitaram os meus e sua mão subiu até o meio das minhas costas, as minhas mãos enlaçaram seus pescoço. Tive que ficar na ponta dos pés, mas logo ele me levantou se aproximando. Como eu podia resistir? Me inclinei para mais perto e fechei os meus olhos sentindo seus lábios macios e quentes se moldarem aos meus. Ele me puxou para seu peito, sua respiração era alta como a minha, nossos lábios começaram a se mover lentamente, de repente os lábios dele ficaram mais urgentes buscando os meus. Não conseguia respirar, o ar não era suficiente, o beijo foi à melhor experiência da minha vida, ele desceu os lábios pelo meu pescoço, aproveitei para respirar. Seus lábios subiram até meu ouvido, ele sussurrava, muito baixo, estava tão ofegante quanto eu.
- Esse sim, foi um beijo de despedida – ele deslizou os lábios pela minha bochecha e moldou meus lábios novamente, mergulhando em outro longo beijo. Nos separamos lentamente.
- Te vejo na escola – ele disse se virando e indo para o carro.

Entrei em casa completamente tonta, não via o chão, nem nada, mirei as escadas e subi. Entrei em meu quarto e desabei na cama.
Sonhei com Briam obviamente, depois dos beijos se não sonhasse não me perdoaria.
O sonho era em uma floresta, estávamos sozinhos, ele me beijava com urgência, de repente ele saiu correndo atrás de alguma coisa, não reparei no que era, eu gritava para ele voltar, mas ele corria rápido demais, uma anormalidade, concerteza. Acordei percebendo que era apenas um sonho bobo e voltei a dormir.
O sol batia em meu rosto e entrava pela janela clareando todo o quarto.
O domingo passou se arrastando. Aconteceram as mesmas coisas de sempre, eu levantei e fui para o banheiro tomei um banho quente. Reparei que minha cicatriz estava vermelha, ela normalmente é branco, devia ser por causa do banho quente. Me vesti e desci para comer algo, notando que a casa estava vazia e que havia um bilhete na mesa.

“Querida, fomos ao supermercado, mas voltaremos logo, esquente comida congelada se estiver com fome.”
Mamãe.

Esquentei no microondas uma mini lasanha, coloquei num prato e sentei para comer. Quando terminei lavei a louça e subi para o quarto. Não havia muito dever, fiz rapidamente uns cálculos para trigonometria, liguei o rádio e peguei um livro para ler, Nora Roberts minha escritora favorita.
O dia passou lentamente. Desci para a janta, meus pais perguntaram sobre a escola, respondi que era legal, dei-lhes boa noite e subi. Não estava cansada, nem com sono, demorei em dormir. Briam não saia dos meus pensamentos.
Quando consegui, mergulhei na escuridão da noite, dessa vez, sem sonhos.

4 comentários:

# נєѕѕ # disse...

boom demais!! ;]

∂éн disse...

Oii!! tem 4 selinhos pra você!!
BeijO'

Lili Tormin disse...

Olá, primeiramente vim agradecer a visita. Será sempre muito bem vindo ao Ócio.

Adorei seu blog, a história é envolvente e de muito bom gosto.

Obs: Não posso deixar de comentar, ADORO Nora Roberts tmb... rsrs

Bjinhos

Gisa disse...

obrigada!
fico feliz q tenha gostado!
bj